QUANTO ÀS EXPRESSÕES FISIONÔMICAS E CORPORAIS
O teatro exige movimentos corretos que podem ser grandes, expansivos. Se o ator assim os utilizar na TV, provavelmente extrapolará o espaço da telinha, sairá do quadro da TV, "vazará" este espaço. Mas, se o ator de TV ao interpretar uma peça teatral num palco, mantiver a postura mais contida da TV, sua interpretação ficará carente da expressão corporal exigida pelo teatro. É mais fácil o ator de teatro se adaptar à TV, diminuindo seus gestos e suas expressões fisionômicas, do que o ator de TV se adaptar ao espaço do palco.
Entretanto, as expressões fisionômicas fortes podem prejudicar o desempenho do ator de teatro quando na TV: qualquer movimento do supercílio, do lábio, da testa ou do olho, pode comprometer a sua atuação neste meio, expressões estas que passam desapercebidas num palco.
O cinema se constitui no meio intermediário entre essas duas linguagens, tanto no que se refere às expressões corporais, quanto às expressões faciais. No cinema, o diretor pode fazer cortes onde a expressão corporal/facial compromete a interpretação do ator. Mas, a emissão vocal precisa ser clara e os finais de frase direcionados, para que a platéia de um filme não perca as falas dos personagens.